13 de novembro de 2012

Cooperativa de Moura Prevê Quebra na Produção




"A Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos já encetou, na segunda-feira, 5, nova campanha da azeitona mas as perspetivas para a temporada de 2012/2013 apontam para uma quebra de 30 por cento na produção. Isto depois de um ano em que se registou uma “produção record”, com a receção de 37, 5 milhões de quilos de azeitona, o equivalente a um aumento de 17 por cento em relação à anterior campanha. Um fenómeno que o responsável operacional, João Ribeiro, explica com o facto de “grande parte dos nossos olivais, aqui da região de Moura, serem tradicionais, de sequeiro”, o que, associado “à falta de chuva no segundo semestre de 2011 e no ano de 2012 ocasionou uma quebra de produção”. Por outro lado, acrescenta, “há sempre um efeito de contrassafra no ano seguinte ao de uma campanha com uma produção record”.  Feitas as contas, prevê-se a entrada, na Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos, de um volume que oscilará entre os 25 e os 26 milhões de quilos de azeitona.
A campanha olivícola avizinha-se, no entanto, de “muito boa qualidade” no que à azeitona diz respeito. Por um lado, porque “foi um ano em que não houve, no nosso caso, uma grande pressão ao nível da principal praga, que é a mosca da azeitona” e, por outro, porque “normalmente, em anos secos, intensificam-se alguns atributos do azeite, produzindo-se azeites mais intensos em termos de sabores e de aromas”, ressalva João Ribeiro.
O responsável avisa também que a quebra de produção não é um exclusivo do território português, facto que tem tido repercussões no preço do azeite no mercado internacional, com uma subida “entre 30 a 40 por cento de julho para cá”. Ou seja, será inevitável “um aumento generalizado dos preços” mas com os necessários “limites”, tendo em conta “o período difícil que estamos a viver em termos económicos”.  
A Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos era, pelo menos até à campanha olivícola de 2011/2012, o maior produtor português de azeite, detendo uma quota de 10 por cento da produção nacional."

In Diario do Alentejo



Frederica Rodrigues - Para vender, comprar ou arrendar em Portugal